Obaluaê na Umbanda é um dos sete orixás maiores. Obaluaê, sincretizado como São Roque, é o orixá da medicina, da cura, da transformação. É o orixá jovem, que corresponde ao velho Omulu, orixá da varíola, das doenças. São dois orixás em um. Obaluaê é muito cultuado e incompreendido ao mesmo tempo dentro dos terreiros de Umbanda. Como também é o senhor das doenças, alguns terreiros procuram o não desenvolvimento do filho-de-santo que possui como orixá de cabeça, orixá regente, este orixá. Omulu, ainda, é o ‘chefe’ de todos os pretos-velhos, e, por isso, um orixá de extrema força e valor dentro da Umbanda.
No candomblé, Obaluaê, como todo orixá, é tratado como um deus; na Umbanda, ele é uma manifestação de Deus, já que a Umbanda é monoteísta. No candomblé há uma lenda que Ôbaluaê, filho de Nanã, nasceu doente com o corpo coberto de chagas, e por isso Nanã o abandonou na beira da praia para que o mar o levasse. Iemanjã o achou e o escondeu em uma gruta na praia, cuidou de suas chagas e o cobriu com palha para que suas cicatrizes não fossem vistas. Um dia, próximo à praia acontecia uma festa em que todos os orixás dançavam em volta de uma fogueira. Iansã o viu observando de longe, veio até ele, levantou a palha de seu rosto e com sua ventarola provocou um vento tão forte que as feridas de Obaluaê saíram do corpo dele se transformando em pipoca.
A saudação de Obaluaê é: Atotô, Obaluaê! Seu dia da semana é a segunda-feira, dia, também, dos pretos-velhos. A vela utilizada para este orixá é a preta e branca. Seu campo de força é a calunga pequena, ou seja, o cemitério, onde todo Umbandista deve pedir permissão ao senhor Obaluaê/Omulu para entrar e sair.